28.12.07

vacaciones

... vuelvo sólo en 07-01-2008!
Blog parado!

besos (y perdón por no responder a los últimos recados)

21.12.07

Tá acabando o ano...

Não sou uma pessoa boa para julgar e elencar coisas. Pelo menos, hoje, evolui e consigo saber e jogar fora sem dó o que me faz mal, mas o que me faz bem eu abraço feito a Felícia e fico chateada em numerar... então, cito algumas coisinhas boas de 2007. Nada de listinha de dez mais, cinco mais.

O único prêmio de primeiro lugar é pro quesito “Fã e figura mais presente do blog No Mezanino”. Este, sem dúvida (e por isso sem consciência pesada em ser injusta) vai pro meu pai, que insiste em assinar “Seu pai, Paulo”, como seu eu tivesse outro. Ele demorou pra aprender a assinar o nome sem aparecer o “anônimo” e passa aqui direto, comenta e acha bom (ele acha de verdade, coruja, não finge não – ou eu acredito piamente nisso).


Troféu Ouro Branco (o melhor bombom do mundo) pra ele (não deveria merecer nada, na verdade, pois miguelou os olhos verdes pra mim e pra minha irmã).


Algumas cositas boas do ano:
Todos os filmes que vi. Vi vários e agradeço as oportunidades de ver alguns deles no(a) Reserva Cultural. Olhe para os dois lados (divertido, moderno, bom praca), Vermelho como o céu (fez chorar), O Passado, Paris Je T'Aime (talvez arrisque que foi o que mais me empolgou), Os visitantes (vi na Warner, um filme israelense, acho, muito massa), O Último Rei da Escócia (não foi à toa o Oscar), putz, só este ano vi Pequena Miss Sunshine e amei, chorei de rir; Não por acaso (poético), Malena (é de 2000, mas vi este ano e tive certeza de que, se eu pudesse escolher ser outra pessoa, mas com meu cérebro mesmo e tal, ele seria o da Monica Bellucci), O ano em que meus pais saíram de férias (a última frase do moleque no carro vale o filme inteiro, que já vale muito), tá, Tropa de Elite também! Lembrei desses, não fui atrás, então, acho que estes foram meus melhores. Agora estou louca pra ver (e cantar – agüenta a Thais!) Across the Universe.

Músicas: descobri várias (sim, muitas) bandas e tenho CERTEZA que refinei meu gosto. Destaque para Manic Street Preachers e Superbus.

Amigos e colegas: Os fiéis espetaculares; “elementos” da promoter Lia; casamento de amigas do peito; novos bacanas na terra do trampo; troca de baboseira (ou não) diária com ‘’blogueiros’’ (ahahahah odeio este nome nerd) do Haja Saco ( em especial Fabinho , menino bom e simpático), Carol, Fê, Biazinha, Kiara, Calebe-Teenager, Jungle, Mari, Daniella, Priscila, Tiago... se esqueci alguém, xinga!

Amor: Ainda bem que a gente tem alguma coisa parecida com isso na vida; toda perda tem um ganho; tudo que é sincero vale a pena.

Trabalho: Ralação, adaptação, um monitor maior porque estou cada dia mais cegueta.

Família: A melhor sempre.

Foram muitas as experiências em 2007, que foi bem melhor que 2006... ufa! Cabelos diferentes, explosão da cozinha, carro novo (mesmo que simprinho), contas e responsabilidades de quem mora sozinha, fins de semana corridos, novas pessoas, novas conversas, novas descobertas.

Desejo que 2008 supere qualquer expectativa... sempre esperamos isso. Um Ano Novo maravilhoso a todos!

ps.: tem tanta coisa legal pra escrever e este post ficou medíocre. Tô cansada... tô morta... amanhã a.p. das 17h30 estarei de férias! Ufa!

18.12.07

absurdinhos

- da mesma marca, determinada mochila custa R$ 879 e uma barraca R$ 399
- o álcool subiu 4 centavos em duas horas
- resolvi querer uma pochete
- amanhã vou pagar 5 ou 6 pedágios
- esqueci de pagar uma conta de R$ 0,53 e cortaram meu gás

nada a ver, só pensando alto...

Perplexo é uma palavra bonita. Soa bem. Assim como pelado soa legal e balela é engraçada porque enrola a língua se falada rápido demais. Gosto de perceber o som das palavras, talvez seja por isso que prefiro as ditas às não ditas. Palavras guardadas são desperdício de som. Paradoxalmente o silêncio é espetacular. Fica aí mais uma demonstração da minha indecisão para algumas coisas, libriana...

O que bate o martelo são os sentidos. Como brincar de “pedra, papel e tesoura”, o olhar cala, o tato faz falar, o cheiro emudece e a audição aguça a língua,; o paladar, no geral, impede que a boca seja usada pra outra coisa. E eu amo muito tudo isso, tipo slogan do Mc mesmo. E nesse 8 ou 80 meio que desequilibrado é que, insana, eu durmo em completa e incomparável paz.

17.12.07

Croniquinha ruim de Ano Novo*

Preparou-se para a noite do Ano Novo em 15 minutos apenas. Sabia que não seria muito diferente do ano anterior: meia noite ouviria fogos e cachorros uivando em conseqüência e as pessoas que estavam no prédio brindariam quase mais alto que os bêbados no salão de festas do térreo. Na TV, Copacabana estaria lotada e talvez virasse fumaça como no ano retrasado. A Paulista pipocaria em mil cores e em algum momento mostrariam o primeiro dia do ano nas demais capitais brasileiras, sem a mesma ênfase, mas com o mesmo entusiasmo de “ano novo, vida nova”. Pegou uma berma branca que comprou em promoção na C&A e uma camiseta escrito “E que venha o Ano Novo!” em letras douradas, que ganhou da mãe, que foi pra praia com amigos. A irmã deixou um par de havaianas (erroneamente dois números menores) com um bilhete “Vai passar em casa de novo, mané? Feliz Ano Novo!!!” e se mandou pra Floripa com as amigas. A cueca da sorte estava já meio velha, mas compôs o visu frankstein de reveillon. Tudo seria a mesma coisa. Abriu a porta do apê e colocou uma cadeira pra fora. Era só esperar a contagem regressiva, abrir o champagne barato, beber e dormir. Não atenderia ao telefone com os amigos gritando Feliz Ano Novo, ah, não ia mesmo. Tinha pavor disso.

Foi no shopping duas vezes por semana por quatro delas e não achou o que vestir. Queria algo que não fosse glamouroso, que não fosse praiano, que não fosse mambembe, mas que também não fosse especial. Não achou. Pegou a minissaia branca do ano anterior e uma regata branca meio desbotada. Deixou na cândida e ficou novinha. Pegou uma tinta prateada e fez uns rabiscos malucos. Rasteirinha de strass e beleza. Pronta pra ir pro bar com a galera. Antes, ia passar a virada em casa, pra fazer sossegada seu filminho mental ali, sem ninguém se intrometer ou falar merda. Gostava de azul, achava que não dava sorte só pras noivas, fez uma mecha no cabelo e esticou-se no sofá com uma taça de cristal numa mão e uma garrafa de Chandon na outra. Estava calor, foi abrir a porta.

O tapetinho listrado enroscou e ela foi pro chão. A saia subiu e o vizinho da frente arregalou os olhos. “O que que é? Nunca viu? Pode vir me ajudar?”. Na verdade ele já tinha visto sim, mas fazia tempo. Enquanto ele a ajudava a levantar, ela reparou nos calcanhares caindo pra fora dos chinelos. “Esse chinelo não é seu, né?”. “É sim, assim como sua saia”. Eles desataram a rir e a contagem regressiva começou. E foi assim que o cara da cueca velha beijou a mocinha da mecha azul e daí pra frente o corredor daquele andar nunca mais foi o mesmo. Depois disso Renato Russo mudou um pouco a verdadeira história e escreveu Eduardo e Mônica, que vocês já conhecem.

*Outro texto escrito para postar no blog dos coleguinhas do Haja Saco (o primeiro está aqui)

10.12.07

olhos de menino

Ele tem olhos de menino que corre atrás de pipas
Ele tem olhos de menino que não gosta de comer verdura
Ele tem olhos de menino que coleciona figurinhas
Ele tem olhos de menino que ganha o maior carrinho de todos no Natal
Ele tem olhos de menino que pula a janela pra brincar na rua
Ele tem olhos de menino que gosta mais do sorvete dos outros
Ele tem olhos de menino que vive cheio de ralados e esparadrapos pelo corpo
Ele tem olhos de menino que joga espelho embaixo da carteira da colega de saia
Ele tem olhos de menino que desamarra biquínis e puxa cangas na praia
Ele tem olhos de menino que rouba beijo da menina e depois de levar um tapão sai correndo dando risada
Ele tem olhos de menino que espia o que não deve pelo buraco da fechadura
Ele é grande. Ele tem olhos de menino.

6.12.07

aaaaaaaaaaaaaaa


a ansiedade é uma coisa terrível que corrói e faz o corpo padecer a gente quer tudo que é necessário pra hoje e tudo que é bom pra ontem e aí como não temos controle sobre o tempo a pele fica feia os cabelos caem as unhas desfiam e sai até herpes na boca outra coisa que também acontece é a língua fica boba e falar coisas absurdas tão rapidamente que não dá tempo de o cérebro censurar em algumas ocasiões isso acaba sendo ótimo mas em outras geralmente levamos um tapa na cara real verbal ou visual e todos doem ser ansioso é ruim a gente toma sorvete tão rápido que não dá tempo de sentir o sabor e fica só com dor nos dentes sensíveis e andamos tão depressa que nem percebemos a cidade iluminada com luzinhas e mil enfeites de Natal sorte que os ansiosos têm também conta pra pagar para poderem ser obrigados a parar pelo menos pra fazer somas e subtrações mas aí vem o boleto da passagem da viagem de férias e a ansiedade passa a perna novamente naquele ínfimo momento lúcido e se imagina as malas por fazer os acertos finais e a empolgação que está pra chegar como se uma torcida organizada balançasse pompons em volta de quem está ali com tudo na cabeça passando como um filminho em alta velocidade um filminho que ainda não foi gravado e que as cenas podem ser iguais piores ou melhores que aquelas ali ser ansioso é uma merda pois a gente nunca acerta a trilha sonora e nem faz uma fusão decente nas imagens até os créditos finais são atropelados e atropelado o momento entre o café e a volta pro trabalho que teima em atrapalhar todos os planos de dias tranqüilos e sem preocupações nem que durem só dez ou seja 240 horas sem dar uma de trator ao invés de passarinho feliz não dá pra ser acelerado igual ao Forest Gump e ficar barbudo daquele jeito

3.12.07

palitinho de picolé premiado vale mais um

Não te conheço. Não sei quem é você. Não sei se prefere Phebo porque limpa melhor ou Dove porque tem o bendito 1/4 de creme hidratante e não sei se prefere entrar na água do mar ou caminhar na areia. Não sei se é encrenca, não sei se é fantasia de monstro em parque de diversões. Não sei qual dos seus nomes combina mais com você, mas gosto do que cada um me faz pensar. Não sei muita coisa, e não é esse pequeno mistério que me impulsiona a querer descobrir mais, mas perceber que você é do tipo que sempre faz rir. Disso estou certa. E quem faz rir acumula créditos. É como provas de fim de semestre com peso 2 ou bolas de bilhar que valem mais. Quem faz rir é a bônus track da melhor música do álbum em versão especial ao vivo só com voz, banquinho e violão.