23.9.09


Maria-sem-vergonha corre atrás do homem que quer
Maria-sem-vergonha dorme querendo ser acordada de madrugada com ligações e sms
Maria-sem-vergonha sou eu, é você, é toda aquela que sonha com
Brilho nos olhos
Alma voadora
Saia curta, decote e perfume forte
(nem todos de uma vez só)

Maria-sem-vergonha é antiga e é moderna
Maria-sem-vergonha lava, passa cozinha e quer ter aula de striptease
Maria-sem-vergonha somos nós todas que queremos
Fins de semanas infinitos
Cinema com pipoca
Barba mal feita, abraço espremido e sussurro no ouvido
(nem todos de uma vez só)

Vai Maria-sem-vergonha, corre, estica, puxa, dá uma cambalhota e seja mais feliz!

Criancice

“Sou uma mulher madura
Que às vezes anda de balanço
Sou uma criança insegura
Que às vezes usa salto alto
Sou uma mulher que balança
Sou uma criança que atura”.
(Martha Medeiros)

“Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz”. (Platão)



“Tenho a impressão de ter sido uma criança brincando à beira-mar, divertindo-me em descobrir uma pedrinha mais lisa ou uma concha mais bonita que as outras, enquanto o imenso oceano da verdade continua misterioso diante de meus olhos”. (Isaac Newton)

“As mulheres permanecem sempre crianças que vivem à espera de algo”. (Oscar Wilde)

“Crianças gostam de fazer perguntas sobre tudo. Mas nem todas as respostas cabem num adulto”. (Arnaldo Antunes)

21.9.09

Pode ser...

É estranho e arriscado dizer, mas outro dia o descrevi em um papel. Um papel não, uma lista ordenada em um papel. Uma lista ordenada e desacreditada em um papel. Uma lista pra Deus, uma lista que parecia de supermercado, mas impossível de se encontrar o que ali está descrito em qualquer esquina, ou mesmo na esquina mais famosa e glamourosa da Champs-Élysées, por exemplo.

É estranho, é arriscado dizer, mas digo que outro dia o descrevi em um papel porque é a primeira vez que encontro minha lista andando, comendo, falando, sorrindo e piscando os olhos com força. (É bem possível que este seja mais um texto romântico e se esvaia pela rede em algum tempo, transformando as palavras, linhas e parágrafos em pixels sem sentido, mas pode ser que não.) Pode ser que realmente minha lista ordenada e desacreditada tenha tomado vida e esteja respirando perto de mim. Se isso for verdade eu entenderei várias coisas sem sentido e, enfim, conseguirei tomar coragem para voar. Se isso acontecer, passarei a acreditar em cachorros falantes, casas voadoras e promessas de coração.

10.9.09

Pedra Grande

O caminho foi todo uma delícia, mas quando chegamos no topo a sensação foi de profunda admiração por toda aquela visão, que queria alcançar além do que os olhos viam. Uma paz incrível tomou conta de cada uma de nós e nossos pulmões se inflaram com liberdade. Depois de curtir um silêncio cheio de conteúdo e pensamentos maravilhados, caminhamos, corremos, escalamos, cantamos, gritamos. O vento brincou e levou pra longe o stress e o cansaço, o sol derreteu todos os maus pensamentos.

Eu, que já me senti como peixe, agora vou realmente voar. E lá vi três tipos de vôo. Um de asa delta, outro de parapente, e um rodopio apaixonado de um casal. Quero experimentar todos eles.

7.9.09

7 do 9



E não é que eu chorei com o hino!
Brasil, te amo!

3.9.09

En el muelle de San Blás

A primeira vez que ouvi esta música e a traduzi, achei fantástica. E continuo achando. Você que está lendo, provavelmente não vai entender, vai achar exagero. É que eu sinto ela fazer o sangue circular mais triste e ao mesmo tempo mais firme nas veias. Adoro palavas fortes... e ela traz algumas bem colocadas, dispostas, em posição perfeita. O shuffle a sorteou aqui no meu Media Player agora e, sem brincadeira, fazia uns 5 anos que não a ouvia. Foi bom.

A edição desse cara ficou legal.

2.9.09

Vitória-régia


Queria ter o final da tarde de hoje livre para mim. Para eu tirar os sapatos e andar descalça, sentindo a areia no meio dos dedos e as pedrinhas na curva dos pés. Se eu tivesse o fim da tarde todo para mim, poderia ter ido procurar uma vitória-régia e me sentado perto dela, para ficar aguardando em silêncio o desabrochar de uma flor. Nessa deliciosa espera, eu contemplaria o sol se pondo, agradeceria os momentos bons do dia e, quem sabe, colocaria os pés na água. Sem saber se era o primeiro ou o segundo dia de vida da flor, faria um jogo no qual ela me responderia se você é ou não uma pessoa especial. Se sim, a flor seria branca, se não, rosada. E eu esperaria os poucos minutos ansiosa, com a recompensa de que - de qualquer forma - sentiria um suave perfume adocicado no ar. De quebra, ainda veria a lua brilhante no céu.


(Hoje me apaixonei pela vitória-régia e descobri que ela pode chegar a até 2m de diâmetro; que sua folha adulta pode agüentar até 40kg sobre ela e que suas flores mudam de cor, de acordo com o primeiro e segundo desabrochar. Não é a toa que uma das lendas folclóricas mais bonitas é a dessa bela planta aquática amazônica.)