Tem dias que a gente se bloqueia. Bloqueia pensamentos,
bloqueia ações, bloqueia até vontades. Somos maus com a gente mesmos. Decidi há
tempos nunca mais fazer isso comigo mesma, mas (sempre) às vezes dá merda. Pior
é que dou o poder a pessoas fazerem isso comigo. Sempre caio nessa. Semana retrasada,
por exemplo, queria muito ter visto a corrida. Sabia que ia sobrar pro Vettel,
mas queria ver o Alonso com a taça, achei que daria. Mal vi, estava bloqueada,
não foquei. Semana passada, outro exemplo, me programei para arquitetar o projeto
de um livro, algo que sonho há um bom tempo e sei que não é tão difícil assim
realizar. Bloqueei, deixei de novo para depois. Ontem, mais um exemplo, me
programei para fazer uma série de coisas para mim, mas me desorganizei e não
fiz nada. Puro autoboicote em função de um bloqueio por medo do fracasso.
Para quem
está decidida a não permitir mais que isso aconteça, três exemplos em poucas
linhas é muito. Às vezes detesto fazer terapia e entender essa coisa toda. Vou me
dedicar mais a momentos relaxantes, como tomar sorvete, andar de bicicleta e ir
urgente para a praia, só para conversar com o mar e ele levar minhas preocupações
pro fundão. Lá ouso ir, e sempre volto mais leve. Preciso urgentemente
mergulhar. E vou. Lá tudo é brilhante e cheio de surpresas: adoro!