30.10.07

Copa no Brasil em 2014...


A comitiva da CBF sorriu de verdade hoje, com o martelo batido. Mas, Ricardão Teixeira, aspone Paiva, presidente Molusco, Baixinho e Dunga (anão das 11 brancas de neve) não seriam ninguém sem a presença do grande Paul Habbit.

29.10.07

luto e raiva em plena segunda



Perdi os macacos árticos e The Killers ainda no palco enquanto eu acordava para mais uma semana cheia. E quarta eu não estarei no Morumbi. Odeio esta semana. Um "viva" aos mortos!

28.10.07

Brainstorm literal

A chuva não estava forte, mas achou melhor abrir o guarda-chuva. Protegia-se das gotas poucas e gordas que caiam do céu e pareciam estourar na lona como se recitando sílaba a sílaba o nome dele. Aproveitou e tomou um remédio para dor de cabeça (conseguia engolir o comprimido enorme sem líquido e achava isso um inútil, mas interessante, diferencial). As gotas gordas começaram a cair em intervalos menores e a martelar as sílabas do nome dele na lona do guarda-chuva com mais intensidade. Começou a correr, mas a chuva não deu trégua e o que começou com um suave sílaba-a-sílaba virou um ininterruptível gritar pelo nome dele. O vento soprou o guarda-chuva, que entortou e perdeu sua função. Abandonou o objeto vagabundo numa lixeira pública qualquer e parou de escutar a chuva gritando o nome dele. Quando achou que a perseguição havia acabado, percebeu que se embebedava da canção triste que escorria por ela, pelo asfalto, bueiro abaixo.

24.10.07

Jogo sem fim

Adora futebol, mas, quando o jogo é outro, ele não sabe o que fazer com a bola. Recebe a redonda e a responsa é dele. A torcida grita: “vai, vai lá, tá pertinho, corre, chuta, dribla, encara o babaca que não te deixa ir em frente, cospe, mostra que é macho, faz embaixadinhas pra se exibir e goleia de bicicleta! Não tem ninguém na frente, a bola é só sua, você consegue!”

Mas não. Ele se vê sozinho e a área, livre, parece enorme e complexa demais para ele. Nem ouve a torcida. Apenas pega a bola, abre o baú de brinquedos, a joga lá dentro e diz: “já que você parou eu não quero mais brincar”. Senta no chão, cruza os braços e faz bico.

23.10.07

Boa!

Não costumo colar spam no blog, mas esse é muito bom. Capitão Nascimento é um herói nacional! (clica para ampliar esta letrica!)

22.10.07

Clichê


Tinha 76 anos e já tinha perdido a sanidade há muito tempo. Não tinha família, os pais, obviamente, haviam morrido, os irmãos idem. Amigos tinham suas vidas, tinham sumido ou já tinham ido pro beleléu também. Ela morava em um asilo e acordava todos os dias às 8h. Acordava, colocava a dentadura e ia fazer xixi. Escovava a dentadura, como dentes de verdade, e bochechava com Cepacol. Repetia as frases da antiga propaganda “Cepacol, diariamente. / Não é a cara do tio?!” e sentava-se na cama para esperar a enfermeira que a levaria tomar o café da manhã.

Todos riam dela. Um dia fora muito bonita e charmosa, mas acabou uma velha perua com trapos descombinados e baton bem vermelho. Sempre colocava um lenço colorido na cabeça, pulseiras no pulso magro e só tinha saias rodadas. Quando entrava no refeitório, não andava, desfilava. Os velhinhos de lá achavam graça, as velhinhas a chamavam de velha-louca-assanhada. Ela não ligava, na verdade nem ouvia, só fazia um pivô no centro estratégico do salão cheio de mesinhas de madeira com toalha xadrez e cheiro de sopa rala com pão.

Almoçava com quem lhe desse um sorriso com um pouco mais de saúde e saía bailando, em passos lentos de uma valsa sem muita harmonia. Ia para o jardim com a enfermeira e pensava na vida, contava causos sem pé nem cabeça e ia tirar um cochilo. Quando chovia, as flores brotavam e ela levava uma margaridinha para o quarto. Em meio a uma lucidez sem sentido, vivenciava com pesar sua solidão. Remontava cenas dos muitos amores passageiros que passaram pela sua vida sem ficar. Lembrava do amor que nunca conseguiu entregar e do coração que pulsava, mas nunca conseguiu embrulhar para presente, mesmo querendo. Fazia o bem-me-quer-mal-me-quer e dava um jeito de acabar no “mal”. Era assim que era para ser. Foi assim que foi. E ela voltava a rodopiar com seus trapos descombinados, esperando o fim chegar.

imagem:Cinéfilo, n. 89, May 3 1930. Na foto Sally Blanc e June Clyde.

18.10.07

O cara da frente

Estava ouvindo Modest Mouse e tentando imaginar como eu dirigiria um clipe para a música Dashboard sem conseguir me desligar dos barbudos do clipe (bem bom) já existente... foi quando vi o trânsito parado e, de repente, estava no meio do engarrafamento em uma rua estreita de duas mãos. Mudei pra Radiohead, que combinava melhor, ainda mais por estar chuviscando. Não tinha para onde fugir e percebi que logo ia ser eu a motorista que poderia ou não fechar a rua perpendicular um pouco à frente. O “logo” acabou durando 20 minutos... Quando ia apontar na rua, pronto. Parou de novo. Ficou um cara na minha frente. A galera xingava, ônibus soltavam aquela fumaça fedida e gosmenta como se estivessem bufando de raiva e de cinco em cinco segundos passava uma moto buzinando, como se estivesse se exibindo, sabe, como aquelas magrelas bonitonas que cabem em qualquer roupa. Já estava com a paciência no limite. Via meu prédio e até podia enxergar a minha cortina, mas estava ainda longe de poder subir pelo elevador e me esticar no sofá.

Cansei do som e desliguei tudo, até o carro. Aí, prestando atenção na cena externa, comecei a ver que algo estranho estava acontecendo. Ao contrário da rua onde eu estava, o trânsito na rua perpendicular poderia fluir, mas a minha fila estava atrapalhando a visão. Aí, o cara na minha frente se ligou que tinha virado o ponto zero daquele plano cartesiano e, de dentro do carro, começou a sinalizar pros motoristas da direita se podiam ou não fazer o 90 graus, passando pelo lado dele e dando tchau pro estresse daquele aglomerado de gente em suas maquininhas dirigíveis.

O cara dava buzinadinhas, esticava o braço pra fora, fazia sinais universais de “pare”, “siga” e gritava “pode vir!”, pra assegurar ao outro que a barra estava limpa. Aí, o sujeito agradecia, sorrindo, claro, e se livrava dali. Parecia cumprimento de compadres. Um velho rabugento ajudado teve a capacidade de emparelhar e dizer “obrigado, mas você é bobo, hein!” e saiu cantando pneu. Foi quando um outro que estava atrás, ouviu e gritou: “Ao contrário do véio, eu te amoooo!”. Acho que o bairro inteiro ouviu. E foi assim que o cara da frente virou herói de alguns que queriam chegar logo em casa, fazer um xixi e ou comer alguma coisa.

17.10.07

50% powerful

queria que o vento fosse mais que mágico, fosse também profeta
e que as dúvidas fossem ridicularizadas por uma certeza nua

queria que o vento não só bagunçasse a cena, mas também tirasse do chão
não só fizesse voar todos os papéis daquela bolsa cheia de coisas sem sentido
mas desse visões futuristas que explicassem porque continuam lá ocupando espaço

acontece que o vento mexe tudo, mas quem se movimenta é quem arruma os cabelos e põe as mãos no bolso
acontece que o vento não é profeta, é só mágico.

Quadrúpede



Pois, esta que vos escreve vive reclamando do texto alheio, de notícias mal escritas, mal estruturadas, mal apuradas. E ela mesma assinou um termo "Voltarei para a faculdade" ao colocar um lead no pé de um texto! Detalhe: a própria percebeu a caca, no tardio da hora. Burra!

Isso. Desabafo aqui e eternizo a gafe na história. Também divulgo minha última imagem acima.

15.10.07

Fato verídico

- Alô...
- Oi, linda, tudo bem?
- Tudo, quem é?
- Sou eu, né.. puxa... já esqueceu..
- Estou em dúvida... é o Rafa?
- Não... não acredito que você vai errar!
- É o Tiago! Tontooo!
- Não é o Tiago tonto. Faz tempo que não te ligo, mas é impossível você não reconhecer minha voz!
- Me dá uma dica então...
- Você estava de blusa azul e eu també, brincou que "íamos cantar"
- Nossa... não lembro, dá uma dica melhor!
- Nos vimos há três dias, no Frans.
- No café?
- Isso!
- Desculpe, não fui em nenhum Frans esses dias...
- Você não é a Letícia?
- Não...
- Puxa, desculpa! Gastei uma puta grana à toa! Espero que não seja feia, pelo menos.
- Não, não sou. Tchau.
tu-tu-tu-tu...

Quanta indelicadeza!!

11.10.07

Lembrança relâmpago


Lembrou de quando morava em São Paulo e sentiu saudade. Não da cidade natal, onde mal viveu, mas da época em que isso aconteceu. Ainda nem batia na cintura da mãe e agarrava-se nas pernas dela, quando ia atender à porta.
- Hoje são três de abacaxi e três de maracujá. Volta na sexta?
- Obrigado.
- Obrigada, bom dia.

Bate a porta. Ela corre para a cozinha e bebe o Mammy que não dá alergia, como o leite de vaca. Cresceu fortinha e passou a mãe. É a mais alta das três mulheres da casa, com 1,66m.

atropelamento

Sozinho segue pela avenida
Traços da rua corriam dele
Para trás iam embora
E o carro comia pedaços de chão
Duros
Frios
Cinzas, como todo o resto

De repente
um susto
Moto preta corta a frente
Freada ouve-se nas costas
Pelo retrovisor, um vira-lata a rodar
A sofrer
A latir
A chorar
A morrer.
A noite pesou
Os olhos amarraram
O coração sentiu
A mente invejou
Queria que o cão fosse ele.

10.10.07

Prestigiando uma amiga...


Vamos? Pelo ensaio acredito que vale a pena...
É sobre o que você menos fala e sobre o que não quer pensar que mais te queima o peito. É esse assunto não dito que fica escondido nas esquinas, espalhado pelas cidades e sob as roupas pouco usadas na gaveta, mas que sempre encontra momento oportuno para pular e te assustar.

É sobre o que você menos fala e sobre o que não quer pensar que mais te queima o peito. E é este assunto ignorado, tratado com falsa indiferença, tentando ser esquecido, que te espera acordado para dormir na sua cama, velando um sono que não vem com suavidade.

Um dia você acha que apagou o assunto, e seu consciente até o deleta mesmo, mas não entende porque dormir é tão desconfortável. E o assunto cantaComo diz o refrão de uma música "você vai me sentir numa sala vazia".

cantiga de ninar

É sobre o que você menos fala e sobre o que não quer pensar que mais te queima o peito. É esse assunto não dito que fica escondido nas esquinas, espalhado pelas cidades e sob as roupas pouco usadas na gaveta, mas que sempre encontra momento oportuno para pular e te assustar.

É sobre o que você menos fala e sobre o que não quer pensar que mais te queima o peito. E é este assunto ignorado, tratado com falsa indiferença, tentando ser esquecido, que te espera acordado para dormir na sua cama, velando um sono que não vem com suavidade.

Um dia você acha que apagou o assunto, e seu consciente até o deleta mesmo, mas não entende porque dormir é tão desconfortável. É que o assunto te nina baixinho com o refrão de uma música: "você vai me ouvir daqui a mil anos, você vai me sentir numa sala vazia".

8.10.07

Azar

Todo samba tem um refrão pra levantar o bloco. Espero que o 1x0 pro CURINTIA contra o meu time querido não me traga má sorte. Bem no dia do meu aniversário, pô! Fazia mais de quatro anos que o tricolor não passava por isso. Pãtz...

7.10.07

27 anos - parte 2

Disseram que a tarde de 7 de outubro de 1980 estava meio nublada na capital paulista. Às 17h25 eu nascia. Não faz tanto, faz 27 anos, mas o longa metragem rodou bastante, virou seriado, teve várias temporadas. Muitas personagens passaram por ele, umas ficaram por perto, outras no coração... e as gravações continuam.

Na minha vida sou protagonista e diretora. Quem escolhe a trilha sonora e a próxima cena sou eu, ou deveria ser. Deus, destino, coincidências, acaso.

Eu desejo que inutilidades me cerquem, sorrisos tolos me façam feliz, incertezas se afastem, vontades sejam saciadas, o amor sempre esteja presente, sendo meu melhor lugar do mundo, e a fé seja sempre o alicerce. Que a criatividade me faça sentir viva e as responsabilidades me mostrem o chão. Que as estrelas me lembrem do brilho, mesmo que distante, e as fases da lua continuem me comovendo. Que a foto complemente o conteúdo e o ponto final exista para seguir para a próxima linha.

E que a força de um abraço sincero, a credibilidade de um olhar puro e a confiança de um belo aperto de mão estejam sempre por perto.

27 anos


Quando choro, geralmente é bem doído e as lágrimas caem quentes, escorrendo com velocidade pelo rosto, pingando no chão ou contornando o queixo, até o pescoço. Adoro rir e tenho marca de expressão no canto da boca por isso. Meus olhos ficam estreitos e pareço japonesa. Quando me envolvo com alguém sou tudo ou nada. Sou nada para quem não me convence do caráter ou para quem apenas estremece o físico. Sou tudo para quem me aquece a alma. Sou dedicada, sou amiga, amante e companheira, sou toalha de banho e cobertor, sou entrada e sobremesa. Sou presente sem prender jamais.

Quando me abalo ou me sinto insegura sofro antes, durante e depois. Descontrolo, sinto o chão tremer e me minha vida vira bombardeio em Hiroshima. Na TPM sigo à risca o que diria um manual ou uma bula. Tudo me desafia e eu acabei viciando nisso, como aquelas pessoas que acordam de madrugada para beber Coca-Cola. Assim, obviamente sou teimosa como uma porta.

Quando rezo, coloco toda fé do mundo nas minhas súplicas ou agradecimentos. Fecho os olhos ou bato um papo como se Deus estivesse comigo numa mesa de bar. Pá daqui, pá de lá. Quando me apresento não uso fantasia, máscara ou passo perfumes diferentes. Mostro minha cara, meu cheiro e a cédula de identidade. Não gostou, tchau. Nada pior que atuar.

Seja lá o que eu faça, faço questão de mergulhar e não ligo em perder a noção do ridículo. Fria ou quente, nunca morna. É por isso que comemoro mais um ano de vida e não o lamento. É por isso que não tenho medo da morte, mas procuro ouvir, cheirar, tocar, olhar, experimentar e absorver tudo que posso. É por isso que sou feliz mesmo nos dias tristes.

6.10.07

martelada boa



Criança adora ver o mesmo filme 500 vezes e ainda decora as trocentas falas para, na vez 501, ler o filme todo. Não lembro os títulos dos filmes que (num dia longínquo) fiz isso, mas lembro que minha irmã assistiu Os Caça-Fantasmas (The Ghostbusters) vezes suficientes para a fita parar de fazer barulhinho na rebobinagem. Ando meio assim ultimamente, mas no play, nessa música aí. A letra é uma graça, bem charmosa, e eu já decorei faz tempo. Mas eu não queria só saber a letra, e também é pouco saber tocar a guitarra ou o baixo dela. Queria ser a própria guitarrinha ardida, ou o baixo sóbrio, dependendo da conveniência.

4.10.07

Pensamentos próximos a mais uma conta para a direita



Perguntaram o que eu queria ganhar de presente de aniversário e pensei em mil coisas incompráveis. A única coisa material e acessível que me veio em mente e me encheu o rosto de brilho foi um buquêzinho que sempre vejo nas bancas encostadas ao cemitério da Consolação. Já procurei semelhantes em outros lugares, mas nunca achei. Ele não tem nada de super. É bem pequeno e feito com flores do campo. Gostei de um com poucas rosas amarelas no meio. Felizes, elas. Os buquêzinhos ficam em baldes, no canto das bancas e não devem custar caro.

Refletindo sobre meu objeto de desejo tão pequeno tive duas alternativas:
- achar que ele é uma projeção de mim mesma, que sou pequena demais por não pensar em algo maior de "bate pronto";
- perceber que algo que poderia estar ligado a imagens funestas também guarda uma sutil e memorável beleza.

Preferi dizer sim para a segunda. Domingo estarei em Sampa, mas acho que não vou conseguir comprar um. Uma pena.

3.10.07

Fácil assim...


Diante do estado da minha sala e do meu quarto lembrei deste vídeo. Eu queria arrumar minha casa com essa facilidade. Pelo menos o bom som deu um up no trabalho do meu córtex cerebral.

Ah! E queria ficar tão bem quanto ela com um batonzão desse...

Fato

"A Casa Demolida", de Stanislaw Ponte Preta, é incrível. Só. Ponto.

2.10.07

Libertação

Foi na sexta-feira passada, quando estava dirigindo sozinha na estrada, já com quase 45 minutos de asfalto e mil pensamentos na cabeça. Viu o sol baixando e borrando o céu de traços alaranjados, amarelos e a chegada de um lilás escuro descendo pelo horizonte como água que infiltra pelo teto e vai tomando espaço. Não havia concorrência na pista, nenhum caminhão, nenhum carro sequer, nada de motos cortando o vento. Sentiu-se numa freeway e, claro, começou a gravar o clipe. Fez tomadas pela janela esquerda, zoom out do sol. O mesmo com as faixas entrecortadas da estrada. Fez várias pans interna e externamente ao ambiente do carro, lembrou da Primeira Lei de Newton. Ela estava parada ali, mesmo com o carro a 120 km/h.

“Todo corpo em equilíbrio mantém, por inércia, sua velocidade constante. Todo corpo continua no estado de repouso ou de movimento retilíneo uniforme, a menos que seja obrigado a mudá-lo por forças a ele aplicadas”


Sentiu-se obrigada a se mexer, movimento combinava mais com aquele cenário mutável, aquele dia dando lugar à noite e tantos detalhes do caminho passando rapidamente, sendo quase nada capturados pela visão periférica, tudo indo embora sem dar adeus. Foi aí que ergueu o som. Ergueu muito o som bem naquela música que tanto ouve, mas sempre numa altura moderada. E foi ali que ouviu a música de verdade pela primeira vez.

Os violinos mergulharam nas suas veias, a bateria acelerou a respiração, apertou o diafragma, impulsionou o coração a bombear melhor o sangue pro corpo todo e atender também a alma. A adrenalina foi a mil antes do refrão. A cada gritou “hey!”, algo transformava a expressão dela. Os braços erguiam-se alternando o controle do volante. O cérebro não conseguiu entender nada e isso foi maravilhoso. As lágrimas começaram a cair ao mesmo tempo em que gargalhadas desenfreadas a faziam sentir-se a louca mais feliz do mundo. Euforia. Acabara a inércia. A música a levou até o fim. No coral “ô, ôô...”, que antecedeu o final, as rodas do carro sobrevoavam a pista em câmera lenta. Abriu as janelas para sentir o vento gelado que fazia contraste com o slow motion do momento. O clipe ficou lindo. O sol já havia baixado e quase se podia ver estrelas no céu. A lua já estava lá e uma assistia a beleza da outra. Quando a música terminou e o random do rádio escolheu a próxima, ela tinha vida para ressuscitar umas 50 pessoas.

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(Onde estou não consigo buscar o link pro You Tube. Por curiosidade, a música é a já manjada No cars go, do Arcade Fire. E foi para o tal lugar onde nem carro vai que eu fui)

1.10.07

Breath



Oh, that song is singin’. Singin’ in to me. Slow and sweet. It caries me.
Cinematic Orchestra

Foi pra lista das mais.

ps.: Vale a pena também ver este aqui, do Grey's Anatomy. Perfect. Talvez melhor que Breath...
E me diz se violino e piano juntos não derrubam o queixo e a dureza de qualquer um...