17.8.09

Como em Grey´s Anatomy

Logo que ele chegou no trabalho a viu, ainda no estacionamento. “Puxa, logo no primeiro horário da segunda-feira! VTC!”, pensou. A relação era estritamente profissional e tudo que ele fazia era motivo para mil reclamações dela. Não havia cordialidade. Milhões de vezes pensou em colocar tudo numa óbvia caixa de papelão e pedir as contas. Ela era insuportável e o tirava do sério. Um dia chutou o computador e teve que se explicar pro chefe, ou seja, pra ela. Não falou nada, apenas disse que pagaria o conserto. Detestava o jeito de ela falar, de gesticular, de andar balançando o quadril mais para a esquerda que para a direita. E ela tinha uma mania de toda hora pedir pro estagiário encher a garrafinha de água i-na-cre-di-ta-vel-men-te ridícula! Um dia recebeu a notícia do ano: ela foi transferida pro sul. “Deus ouviu minhas preces!”, louvou olhando pro alto. Mas no dia em que o departamento todo fez a festa de despedida ele sentiu uma pontada no peito. De repente faltou ar nos pulmões e as forças se esvaíram pelas extremidades do seu corpo. O que ele mais queria era agarrá-la pela cintura, grudá-la na parede e devorá-la com beijos, como os que o Doctor Owen Hunt deu na Cristina Yang, na saída do hospital, em Grey´s Anatomy.

Um comentário:

Isy disse...

q ambíguo..estava analisando o texto e
comecei a fazer uma analogia coma vida real no começo...
mas depois no final ficaria bem estranho...hauhauhua

melhor não "analogisar" né?!
bjs