5.3.08

a bailarina


A bailarina era uma bailarina comum
Mas quando colocava a música mais querida para tocar
A bailarina rodopiava em câmera lenta
Desafiando a poeira que brilhava no ar
Rodava e rodava e todas as luzes convergiam para ela
Que refletia raios brilhantes iluminando os olhos de quem a via dançar
A bailarina descortinava os cabelos enquanto ficava na ponta dos pés,
E distribuía sorrisos satisfeitos e doces
Com ternura, movimentava-se toda e toda ela se entregava ao vento
A bailarina fazia gestos delicados e
Era tão linda, tão meiga e tão pura que machucava os mais brutos com sua doçura
Ela cobria o salão desenhando elipses perfeitas
Ela deixava um rastro de perfume suave, que era soprado pela brisa
Ela tonteava as pessoas e tonteava os sons e tonteava o mundo todo
Até que
Quando ela apertava o stop
E a música mais querida parava
Ela voltava a ser uma bailarina comum.

4 comentários:

Anônimo disse...

olha, farei aqui uma confissão que faço para poucos. Já fui repórter cobrindo espetáculos de ballet. E até hoje, sempre que leio, ouço algo lembro da cirando do Chico Buarque, a dizer "Todo mundo tem um primeiro namorado,
só a bailarina que não tem"

Anônimo disse...

Thais
Essa bailarina não deve ficar fechada dentro de uma caixa, liberte-a para que todos possam vê-la bailar como vc mesma descreve, aliás muito bem.
Seu pai, Paulo

Unknown disse...

Pq será que as bailarinas têm algo de muito triste a ponto da ciranda cantar isso, Fabinho?! Imagino vc, no mundo cor de rosa! auhauahauha

Pai... quem disse que ela é bailarina de caixinha de música?
beijoss

Unknown disse...

Gente, não fui eu que desenhei. O talente é de uma criancinha. Achei no Google. rs. bjão