Espaço reaberto pós longo período aposentado. Este é um lugar onde paro para pensar o que vem à mente, sem arredondar. Já foi uma gaveta; já foi um tupperware, daqueles que a gente fecha bem as idéias e põe na geladeira, guardando o que queremos preparar mais para frente. É relevante, tem motivo de estar, mas não está pronto. Superficial. Superfácil, Só prefácio. Superfacial, está na cara, mas só ali (aqui). As vezes, até consigo enxergar a lua pela fresta do telhado.
26.8.08
analogia
Poeta me desculpe, mas ganhar poema de você é fácil. Você faz isso com o pé nas costas. Desculpem-me também os floristas e jardineiros, não quero rosas vindas de vocês. Assim é fácil também. Eu sei, eu sei. Entendo que o compositor esteja me achando chata e desagradável por não aceitar uma música fresquinha feita para mim, não quero. É bom ganhar um cartão decorado com pincel e aquarela, mas não vindo de um artista. Aceitaria bombons comprados por um diabético que só conhece sabores salgados e uma melodia quadrada de quem não sabe tocar guitarra. Quero coisas sinceras e palavras que tenham tido dificuldade para sair, porque o medo estava fechando a garganta e as inseguranças travando a língua, mas elas conseguiram virar frases e olhares reais. Quero vento de ventilador e não de ar condicionado. Ontem comprei um vasinho de flores para mim.
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