20.1.13

Minhas observações do amor neste fim de semana




O amor não está só no ar, está em todos os lugares, quer queira ou não. Eu sou uma romântica e gosto de admirá-lo. Claro, há diversos tipos de amor e neste fim de semana pareci estar disponível, ou seria melhor propensa, para observá-lo. Começou na sexta a noite, quando eu e uns amigos falávamos sobre o quanto pessoas interessantes e inteligentes se tornam absurdamente ‘burras’ quando topam com alguém que consegue despertar algo mais submerso, menos superficial, mais bonito. Daí foram risadas intermeadas a histórias de desilusões e desencantos de pessoas que acima de tudo são felizes.

Na verdade, na quinta-feira o assunto já tinha pairado, numa longa conversa confidencial madrugada afora. No sábado, saí para comprar um potinho de vidro bonitinho, para presentear um amigo com a melhor geléia de morango do mundo, a que minha avó faz, e fui parar no supermercado. Mente vazia, cantando a música que havia sido interrompida no rádio do carro. Bati a porta e um casal passou marchando ao meu lado. Ele era lindo, ela idem. Estavam bem bravos um com o outro. Não sei o motivo, devia haver razão, mas eu só consegui pensar “se eu fosse eles não estaria discutindo. Estar em dois é muito bom para perder tempo brigando”. Andando, olhei para trás e a cena estava ainda mais nublada. Entrei no mercado. No meio das gôndolas pouco frequentadas do lado direito, surpreendi um casal se beijando como se ninguém pudesse vê-los. Fiquei com vergonha (não mais que eles!) e triste em ter interrompido o beijo tão sincero. Pronto! Aquele casal minimizou o atraso de amor do estacionamento.

Escolhendo novo sabor pro meu Listerine, ao meu lado uma moça falava ao telefone com seu amado “Vou comprar uma surpresa pra você! Uma coisa que você adora!”, ela disse sorrindo. Puxa! Que delícia vai ser o encontro quando o presenteado receber a surpresa! Eu que adoro surpresa e adoro mais ainda dar presente… fiquei com inveja.

Saí do mercado e fui alugar filmes. A locadora que frequento é ótima, mas os filmes estão caros e há alguns dias estou para renovar minha ficha numa outra locadora, também pertinho de casa e mais em conta. Fui superbem recebida de volta e fiquei uma meia hora conversando com a proprietária sobre filmes que ela me indicava, a maioria com romances absurdos. Pedi indicação de suspense, mas ela me ignorou. O amor também está na locadora.

Saí e fui comprar sorvete e qual foi minha alegria ao descobrir que há um Corneto de sabor novo! Trouxe para casa e, ao abrir… ele era decorado por coraçõezinhos vermelhos de açúcar. Sorvete é bom e também é amor, faz carinho na gente!

Há meses ensaiava ir conversar com um amigo que havia virado persona non grata. Amigo de verdade, que a gente magoa, magoa a gente e, de repente, não se fala mais. Isso não é comum pra mim, era exceção e incomodava. Eu não gostava dessa sensação e muito menos de me imaginar uma cristã sem perdoar ou pedir perdão. Não foi fácil, mas após alguns anos fui até ele e, pra minha alegria, um abraço salvou minha alma e meu coração. O amor é realmente fantástico, cura e resgata, faz tudo passar.

Hoje terminei de ver um filme que comecei ontem, chama-se The Lady, traduzido para “Além da Liberdade”, que conta a história real de uma mulher que salva a esperança de seu País. Sensacional. Vale a pena, uma história que mostra vários tipos de amor e o desenrolar deles. Triste, inspirador, intenso. Fui pesquisar e descobri que ela é a pacifista homenageada pelo U2 com a música Walk On. Eu já gostava da letra, com clip gravado no Rio aliás, mas agora compreendo além do refrão. Ainda tem domingo pela frente e talvez ainda observe mais o amor por aí. Espero que sim. 


Assista até o fim... a última imagem é da Aung San Suu Kyi, a pacifista do filme.

Um comentário:

Junior/Ju/menino/Carlão disse...

o amor não tem tempo, hora, idade e lugar. Ele não deve ser algo forçado, mas gradual. Desilusões? São normais. Acima de tudo, seja feliz. Sempre!