25.6.07

Parcialidade

Enquanto o dia está exageradamente cinza e as montanhas lá no horizonte parecem desenhos em aquarela monocromática sem graça, eu lembrei daquela brincadeira que se pode falar de tudo menos “é”, “não” e “porque”.

Pensei um pouco o motivo da minha mente trazer essa recordação. Um raciocínio puxa outro e lembrei que um amigo, filho de pintor, me garantiu uma vez que as montanhas, quando vistas bem de longe, devem ser coloridas em tons bem suaves de azul e ao eu perguntar o porquê não obtive resposta, apenas “porque é assim”. E essa não-resposta era a resposta. Aí, tudo fez sentido...

De forma objetiva e concreta eu sei que as montanhas não são cinzas e muito menos azuis. Aí cheguei à conclusão que, muitas vezes, a gente quer saber mais sobre determinada coisa/assunto ou acha que existe algo encoberto sobre isso ou aquilo e na tentativa de descobrir segredos ou revelar mistérios, só conseguimos concluir que aquilo é e pronto. Muito frustrante, mas nem sempre há respostas para todas as perguntas e é um perigo querer inventar. É, não e porque fazem parte do jogo.

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