5.6.07

TPM



A vontade é simplesmente dar uma voadora. Derrubar todos os tijolos, todas as cercas e todas as árvores que ainda não deram frutos. Montar num trator e sair detonando com o asfaltamento recém feito, passando por cima, primeiro, da placa “Cuidado, asfalto molhado”. Ou lançar mão da tradicional cena de Um dia de Fúria e, como Michael Douglas, sacar o taco de beisebol e sair quebrando tudo. Pilotar um avião e soltar bombas sobre tudo também seria legal. Derrubar míssil por míssil, vendo tudo explodir e virar migalhas em meio a fumaça. Boa idéia também. Conseguir uma arma biológica é meio viagem... mas seria ótemo. Imagino-me dentro de uma super roupa, com máscaras e demais apetrechos necessários para que o conteúdo letal preso dentro de um cilindro gigante não me contamine. Aí, aperto um botãozinho e solto o veneno no ar matando tudo o que vejo pela frente. Bom, mas simplesmente sair pisoteando tudo, acho que seria mais interessante. Ah, se eu fosse um gigante...

Não sou destrutiva com o que está do lado de fora. Mas, em segundos, posso destruir tudo que está do lado de dentro. Basta eu achar necessário. Ou imaginar que seja. Entre o certo e o duvidoso, aguardo uma decisão com uma mochila cheia de dinamite, granada, pentes e cintos de balas, bazucas, uma faixa vermelha do Rambo no bolso e aquele esqueminha do Men in Black, para apagar a memória, sabe?!


(Ilustração do amigo Cleverton Gomes)

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