11.2.08

o post da Dani

Estar longe de tudo e de todos nos possibilita sentir coisas verdadeiras. De quem eu realmente gosto? Do que realmente sinto falta? O que não faz a menor diferença? O que achava essencial e vejo que é desnecessário? Quem eu colocaria num potinho para guardar pra vida inteira?

Hoje conversei com uma pessoa essencial. Conversei não, troquei e-mail. E esse não conversar cara-a-cara, ao vivo e a cores fez muita falta. E-mail supre carências básicas, num grau de 0 a 10, 4, sendo bem otimista. Num parâmetro de 0 a bosta (bosta sendo = 10), o número sobe e vai pra 9 tratando-se de qualidade. Conversando pessoalmente um assunto puxa outro, o que por e-mail é complicado, a menos que se fiquem horas dando “enviar e receber”, mas não tem a expressão facial e todos os outros elementos de um contato teti-a-teti, né. Ruim.

Faz anos (isso, anos) que devo um post para minha amiga Danizinha. Hoje ela entrou no blog e ficou com ciuminho de alguns nomes citados em um post antigo, já expliquei o que aconteceu. Mas nada, nada muda o fato de a conversa com alguém tão especial ter sido feita por meio de teclas e ondas. É aí que me questiono muitas coisas. É aí que tenho súbita vontade de explodir tudo e assassinar o Bill Gates. Mas isso não resolveria. Aliás, não ia adiantar nada. E eu ainda ficaria sem emprego, pois trabalho nisso. Na net.

Não, não precisa me deixar um comentário, me ligar ou mandar um e-mail explicando as vantagens da WWW. Eu sei. As conheço bem. Mas que saudade de conversar com a Dani esticando o pescoço, roubar batatas fritas do prato dela no almoço, comer os bolos da mãe dela. Saber de detalhes do dia-a-dia que por e-mail não dá. Não rola. Não atende a demanda.

Queria fazer poesia, queria escrever algo bonito pra Danizinha. Mas ela vai ter que esperar mais (mais um ano?). Ando feliz com a vida, revoltada com a distância de bons amigos e fadada a escrever algo quase homossexual. Por isso, parei por aqui. Abaixo, só pra Dani.

Saudade Dani. Gipeta manda lembranças.
Aqui em São José estão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock´n roll
Uns dias chovem noutros dias bate sol
Mas o que eu quero te dizer
É que você faz falta pra cara... opa, pra caramba!

Beijão.

Um comentário:

Anônimo disse...

Thais
Conhecemos muito bem essa estória de distância, tudo longe, saudade, etc...
Sofro muito não te ver como eu gostaria , seu pai,
Paulo