19.9.07

Comentário na saída do cine

Acabei de assistir "Não por Acaso" e gostei. Não está na lista dos meus 100 mais, mas é bacana... e poético. Um cara saiu da sala e ouvi dizendo para a mulher que estava com ele que "é quase um monólogo", concordei. O filme traz bastante subjetividade e eu gosto disso.

Um pequeno trecho que me marcou foi uma fala da personagem Ênio, vendo São Paulo da torre do Banespa: "engraçado né, uma coisa acontece agora e a gente não sabe onde vai dar". Não faz muito tempo estive lá e pensei exatamente a mesma coisa.

Esta parte, vi agorinha, está no trailer do filme. Você pode dar uma olhada se quiser aí embaixo. Nada demais este post, é que como fui sozinha ao cine e o mundo sumiu de casa, estou sem ninguém pra compartilhar, rs.

6 comentários:

Anônimo disse...

Thais
Espero que o Rodrigo Santoro não faça papel de bicha com em 300 !
Seu pai, Paulo

Unknown disse...

hahahahaha não, neste não. Ele é um sinuqueiro, coisa de macho. rs, bj!

Unknown disse...

Em tempo: refletindo... o filme é muito bom. E não só bacana, como disse no post. Não por Acaso acaba com a vida rotineira e metódica dos personagens que assim são e mostra que é assim que a vida vai pra frente. É bom, é bom, vai assistir tb! Quero namorar um cara que trabalhe na central de controle de trafego paulistano, só pra ele parar o trânsito pra mim! rs

Anônimo disse...

Ei, onde é que ainda está rolando "Não por acaso"? Assisti faz quase, ou mais, de um mês. Gostei também. É um filme que se precisa ver mais de uma vez - por prazer, e outra, para entender cada imagem que ele passa: tipo, aquela coisa do café, o que achou?, e também tem mais: e a solidão do Ênio?, pô, parece tanto com a solidão desse povo daqui, viu?, é a solidão desse povo, não adianta mentir - é uma solidão mascarada pelo trabalho, pretendo-se, diga-se de passagem, pretendo-se mascarada e esmagada pelo trabalho (o cara não sabe o que conversar com a filha! o cara não sabe o que conversar nem com ele mesmo - ele respira trabalho e leis de trânsito).

Eu não achei o filme exatamente um quase monólogo, a não ser que se diga que esse quase monólogo acontece em cada uma das diferentes histórias - se for, eu concordo: é quase, ou até um.

Mas aí, de comentário no cine, ouve esse. Meio do filme e uma menina comenta com outra menina que não parava de falar: "Ele deu o fora nela?" - tipo, esse "fora nela" diz respeito à atenção que o Ênio não sabia dar à filha, e a cena em que isso fica mais do que claro, é quando ela (a filha) está com ele alugando um apê, e ela falando: "acho que esse tá bom", ele: "acho que tá grande demais: eu não preciso de tanto espaço, moro sozinho" - (não são essas as palavras, lógico, mas, enfim.) -; e aí, a menina me diz, quando vê a filha do Ênio chorando a um canto: "Ué, ele deu o fora, não quis dar uns pegas?". Não sei se foi pra chorar ou pra rir, mas mentalmente, eu tentando assistir e entender cada código do filme, mentalmente fiz: "Tisc, tisc".


(Você tem uma lista dos 100 mais, é? Essa semana vi "Os Amadores". Este você viu?)


Beijo!!

Unknown disse...

Isso, Calebe, o filme é uma reunião de códigos... cada cena traz um zilhão de informações. É incrível... adorei a subjetividade. Um filme que, quanto mais a gente lembra dele, mais dá pra ter insights.

O Ênio me lembrou muito uma pessoa que conheço... (fiquei até um pouco triste) A cena no café revelou o potencial dele pro amor e pra vida... e tb explicou o motivo de ele ser oque é.. achou isso?? Aliás, a cena do café do Pedro tb diz isso dele. A intensidade do café revela... não sei se isso foi intencional, e é aí que está interessante: um jogo de signos que ao mesmo tempo passa o que o enredo quer, mas tb deixa em aberto mil subinterpretações pros mais viajantes.

Sobre as meninas: sem comentários.
Sobre onde ainda está passando: no interior! aqui as coisas demoram a chegar, quando chegam. triste. Muitoo triste.

bjs

Unknown disse...

ah! o filme não está na minha lista dos 100 mais, está na dos 50.