Espaço reaberto pós longo período aposentado. Este é um lugar onde paro para pensar o que vem à mente, sem arredondar. Já foi uma gaveta; já foi um tupperware, daqueles que a gente fecha bem as idéias e põe na geladeira, guardando o que queremos preparar mais para frente. É relevante, tem motivo de estar, mas não está pronto. Superficial. Superfácil, Só prefácio. Superfacial, está na cara, mas só ali (aqui). As vezes, até consigo enxergar a lua pela fresta do telhado.
7.10.07
27 anos
Quando choro, geralmente é bem doído e as lágrimas caem quentes, escorrendo com velocidade pelo rosto, pingando no chão ou contornando o queixo, até o pescoço. Adoro rir e tenho marca de expressão no canto da boca por isso. Meus olhos ficam estreitos e pareço japonesa. Quando me envolvo com alguém sou tudo ou nada. Sou nada para quem não me convence do caráter ou para quem apenas estremece o físico. Sou tudo para quem me aquece a alma. Sou dedicada, sou amiga, amante e companheira, sou toalha de banho e cobertor, sou entrada e sobremesa. Sou presente sem prender jamais.
Quando me abalo ou me sinto insegura sofro antes, durante e depois. Descontrolo, sinto o chão tremer e me minha vida vira bombardeio em Hiroshima. Na TPM sigo à risca o que diria um manual ou uma bula. Tudo me desafia e eu acabei viciando nisso, como aquelas pessoas que acordam de madrugada para beber Coca-Cola. Assim, obviamente sou teimosa como uma porta.
Quando rezo, coloco toda fé do mundo nas minhas súplicas ou agradecimentos. Fecho os olhos ou bato um papo como se Deus estivesse comigo numa mesa de bar. Pá daqui, pá de lá. Quando me apresento não uso fantasia, máscara ou passo perfumes diferentes. Mostro minha cara, meu cheiro e a cédula de identidade. Não gostou, tchau. Nada pior que atuar.
Seja lá o que eu faça, faço questão de mergulhar e não ligo em perder a noção do ridículo. Fria ou quente, nunca morna. É por isso que comemoro mais um ano de vida e não o lamento. É por isso que não tenho medo da morte, mas procuro ouvir, cheirar, tocar, olhar, experimentar e absorver tudo que posso. É por isso que sou feliz mesmo nos dias tristes.
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3 comentários:
Texto muito bom e sincero. Você é intensa amiga! Mas eu quero falar da foto. Por que o brigadeiro nos fascina tanto? Todos os doces parecem bons, mas o brigadeiro seria o primeiro que eu comeria e, depois de comer os outros, comeria pelo menos mais um brigadeiro. Seria o gran finale da comilança! Sabe porque brigadeiro fascina as pessoas? Porque ele é intenso. Intenso como você... Beijocas
Thais
Vôcê é autêntica ...
Seu pai, paulo
Thanks :)
bjos
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