17.4.07

5 tópicos sobre a Sauna Gay, ops, o filme 300 *


1 - a clara analogia Leônidas-Jesus x Xerxes-diabo no Horto das Oliveiras (coisas de Zack Snyder) delineou todo enredo carregado de xenofobia e exagero. Dá para encarar se não for entendido como um posicionamento histórico-político, mas parte de um discurso parcial e eloquente de um guerreiro espartano (já que a narração lúdica mais tarde revela-se o discurso da nova guerra);

2 - a rainha foi bem escolhida... não tinha silicone na época e não desmereceu-se o belo corpo dela pelo fato de os seios serem pequenos e estranhos. A Lena Headey é realmente de uma beleza diferenciada e tem cara de "tenho fibra", mas se a rainha Gorgo realmente foi uma mulher ouvida pelo rei espartano, com certeza foi bem menos do que apareceu. Naquele regimento, uma mulher dizer "olá, me passa a manteiga?" e ser respondida já era sobrenatural. A cena na Câmara foi surreal. Nada a ver. Mas admito que o diálogo da revanche com o traidor babacão foi ótimo: "Isso não será breve. Isso não irá lhe dar prazer, e não sou sua rainha"... heheheheh;

3 - fiquei pensando qual o motivo de terem escolhido o Santoro para viver o rei persa e qual seria a explicação de ele ter aquela aparência meio andrógena, meio Lacraia, meio Monique Evans... cheguei a uma conclusão:
--> não teve nada a ver com a figura ter de ser diferente da representada enfaticamente nos gregos – bárbaros, sanguinários, machões, fortões, (fora que todos os atores eram lindos, nenhum feinho, êta beleza grega!) – e expressar que o povo persa tinha lá mais cérebro e raciocínio a instintos puros e mortais... E tampouco a vozona dublada foi para fazer-se entender nas entrelinhas que ele era fodão, mesmo sendo um metrossexual... não foi por isso. Foi simplesmente porque o Santoro tem traços mais delicados, uma cor de pele espetacular (que conseguiu um efeito Globeleza com o óleo e toda maquiagem que passaram nele), e expressões faciais que se tornaram altamente estranhas com a sobrancelha horrenda que traçaram. O Santoro foi escolhido porque tem características que, usadas de má fé (rs), caíram bem para o povo persa ser desmoralizado, o que era coerente acontecer, já que a narração era de um entusiasta guerreiro grego. Ou seja, ele não foi contratado para um papel, mas para um papelão;

4 – também fiquei pensando de onde eu conhecia o rei Leônidas... que filme eu já tinha visto com o ator?... e me arrependi de não ter fuçado na internet antes de ir ao cinema. Quando ele deu um dos primeiros gritos eu pensei: “é o mesmo cara que fez O Fantasma da Ópera!”. Confirmei chegando em casa que estava certa. Gerard Butler é um ator que canta e dança muito bem, logo, é por isso que foi escolhido para o papel principal. O rosto quadrado e o físico poderoso foram detalhes (rs);

5 – tive medo na parte que o ogrão persa nervoso quase matou o rei (óbvio que ainda não era hora e sabia que o feioso é quem iria se dar mal). Mas, no geral, ri muito, muito, muito... cenas absurdamente ridículas. Do mais, fotografia linda, edição bem feita e pontos altíssimos paras as gotas de sangue voando aglutinadas e fazendo barulhinho ao cair... Uma HQ bem animada, em vários sentidos.
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*Tópico 1 reescrito após eu perceber que o que eu queria dizer não havia sido dito, ao contrário, havia sido distorcido.

2 comentários:

Anônimo disse...

rsrsrsrsrsrs.....
Amiga, tb tive impressões parecidas assistindo '300'. Mas uma coisa ninguem pode negar: Santoro é corajoso, pois topou interpretar uma "Vera Verão" mais branquinha....e - sendo um brasileiro - vindo logo de destque no carro abre-alas do exército....

beijinhos - Mari

Anônimo disse...

só vi o trailer e reparei que todo mundo grita muito. por isso quando for assistir acho que vou levar meu ipod.